9º Ano


Distúrbios alimentares


A alimentação é um dos factores que mais interfere na nossa saúde, por isso uma boa alimentação deve ser equilibrada, completa, variada, que inclua o elemento mais vital do organismo, a àgua, e com os nutrientes adequados a cada organismo e saúde.


A importância relativa das influências socioculturais, biológicas, psicológicas e familiares e a forma como interagem entre si pode ser diferente consoante o período de desenvolvimento do jovem, influenciando o aparecimento ou não do distúrbio alimentar e a sua cronicidade.

Sabe-se que não se deve a modas, mas que a pressão cultural para a magreza, a insatisfação e a preocupação com o peso podem contribuir,
juntamente com outros factores, para um aumento da vulnerabilidade, que por sua vez pode levar á tomada de decisão de iniciar uma dieta. É pertinente referir que a dieta só por si não constitui uma condição suficiente para o desencadear de um distúrbio alimentar, mas é uma condição necessária, dado que não existem distúrbios alimentares sem dieta.
A Adolescência é uma das etapas do desenvolvimento humano caracterizada por alterações físicas, psíquicas e sociais. Segundo a Organização Mundial da Saúde, adolescente é o indivíduo que se encontra entre os dez e vinte anos de idade.
Os aspectos físicos da adolescência são os componentes da puberdade vivenciados de forma semelhante por todos os indivíduos. Quanto às dimensões psicológica e social, estas são vivenciadas de maneira diferente em cada sociedade, em cada geração e em cada família, sendo singulares até mesmo para cada indivíduo.

Actualmente o conceito mais aceite é o de que não existe adolescência e sim adolescências em função do politico, do social, do momento e do contexto em que está inserido o adolescente. A adolescência guarda ainda especificidades em termos de género, classe e etnia.


Acne

A acne é uma afecção dermatológica frequente entre os adolescentes. Em geral, inicia-se na puberdade podendo afetar adultos jovens e persistir por longo período se não tratada. A cura não é facilmente obtida e o tratamento costuma ser prolongado. Deste modo, o sucesso de um tratamento também depende da persistência e colaboração do paciente.                                                                
Apesar da existência de muitas formulações para o tratamento da acne, a orientação médica é fundamental. Somente o médico poderá diagnosticar e definir o tratamento ideal e mais adequado para o seu caso.
Causas e tipos de acne
A acne é uma doença que acomete os folículos pilossebáceos, que são "poros" existentes na pele. A hiperactividade das glândulas sebáceas é o principal factor na formação da acne. Esta produção exagerada de sebo misturada a outras substâncias forma um tipo de "tampão" que provoca a obstrução do "poro". Assim, é impedida a saída natural das células mortas e bactérias que normalmente aí se encontram. As alterações hormonais que ocorrem na puberdade, principalmente o aumento do harmónio masculino (androgênio), são uma das principais causas da produção excessiva de sebo. Outro fator importante, é a hiperqueratinização, o seja, a produção excessiva de células mortas contendo uma substância chamada queratina. Essas células unem-se ao sebo colaborando na obstrução dos "poros". O resultado de todos esses factores é a formação de pequenos pontos brancos ou negros elevados sobre a pele, denominados "comedões". A medida que a glândula continua a secretar sebo e a via de saída está obstruída, as paredes laterais da glândula dilatam-se. O "comedão" transforma-se, então, em espinha. Até aqui a acne é leve com poucos sinais inflamatórios, é a chamada acne comedoniana ou grau I. Com a obstrução do "poro" pode ocorrer proliferação bacteriana dentro da glândula sebácea, resultando em inflamação e infecção dentro e ao redor dos folículos pilossebáceos. Esta formação recebe o nome de pápula e quando possui secreção purulenta de pústula. A presença de pápulas e pústulas superficiais e profundas caracterizada, respectivamente, a acne pápulo-pustulosa superficial (grau II) e profunda (grau III).     Quando ocorre o desenvolvimento de lesões mais graves em forma de nódulos ou cistos trata-se de acne nódulo-cística ou grau IV.
A acne ocorre em áreas onde existe maior número de glândulas sebáceas: face, tórax, ombros e dorso. O factor psicológico ocasionado pela acne é muito importante devido ao aspecto estético desagradável e possíveis sequelas.

Tratamentos para a acne
Existem diversos tratamentos para a acne e a escolha do método mais adequado baseia-se no quadro clínico, que varia de indivíduo para indivíduo. Recomenda-se sempre consultar um médico dermatologista para avaliação clínica e prescrição do tratamento adequado. 
Basicamente existem dois tipos de tratamentos: o tratamento tópico, ou seja, medicamentos que são aplicados directamente sobre a pele, e o tratamento oral, ou seja, através de medicamentos tomados por boca. Como a acne é uma doença que acomete a pele, o tratamento tópico é o mais empregado. Os medicamentos orais são mais utilizados em casos graves ou específicos.
Beatriz Torres, nº6, 9ºB
Retirado de :http://www.denisesteiner.com.br/artigo_mes/doencas_pele_acne.htm

 
O que são Distúrbios Alimentares?
São doenças psiquiátricas estando na sua origem a interacção de factores psicológicos, biológicos, familiares e socioculturais. Caracterizam-se, fundamentalmente por alterações significativas do comportamento alimentar. Ocorrem predominantemente nos países industrializados, tendo uma incidência menor nos países pouco desenvolvidos e fora do mundo ocidental. Afectam sobretudo as mulheres jovens.
Doenças Cardiovasculares
As doenças cardiovasculares são todas as doenças do coração e do sistema sanguíneo. Geralmente, são provocadas pela acumulação, durante anos, de gordura na parede dos vasos sanguíneos.

Factores de risco:
·         Idade;
·         Antecedentes familiares;
·         Vida sedentária;
·         Ingestão de alimentos ricos em gordura e sal;
·         Tabaco e excesso de bebidas alcoólicas;
·         Hipertensão arterial;
·         Diabetes;
·         Obesidade;
·         Stress.
Prevenção:
A prevenção é o melhor tratamento de qualquer doença. Para esta o melhor a fazer é:
·         Alimentação equilibrada com abuso de legumes, vegetais, fruta e cereais;
·         Exercício físico moderado e com regularidade;
·         Não fumar;
·         Controle regular da tensão arterial, açúcar e gordura no sangue;
·         A partir dos 40 anos deve haver realização de exames periódicos de saúde.
As pessoas com antecedentes familiares devem começar mais cedo.
Doenças mais frequentes:
As mais frequentes são o enfarte do miocárdio, angina de peito, acidente vascular cerebral, hipertensão arterial e aterosclerose.
A cardiopatia isquémica inclui as doenças cardíacas desencadeadas pela acumulação de gordura nas paredes de vasos e artérias provocando estreitamento, dificuldade ou obstruça ao sangue de passar. O estreitamento pode originar angina de peito e a obstrução total enfarte agudo do miocárdio.
A aterosclerose atinge artérias de grande e médio calibre, é desencadeada pela acumulação de gordura, cálcio e outras substâncias nas paredes internas das artérias. A redução do calibre da artéria provoca diminuição da quantidade de sangue que consegue passar e consequente aumento do esforço do coração para bombear. Este esforço provoca hipertensão arterial sistólica.
A aterosclerose provoca acidentes vasculares cerebrais e doenças nas artérias coronárias.

Diagnóstico:
Quando o doente chega, o médico deve tentar saber o máximo de informações possíveis sobre o que sente, doenças anteriores, hábitos de vida e medicamentos que toma, para se poder fazer a história clínica dele.
O médico pode pedir exames de sangue e electrocardiograma para confirmar o diagnóstico.
Há alguns sintomas que sugerem ao médico doença cardíaca, principalmente nos idosos, nomeadamente:
·         Dificuldade em respirar, mesmo em repouso, ou se acorda o doente durante a noite;
·         Sensação de aperto no peito que pode irradiar até ao pescoço ou braço esquerdo durante o exercício físico;
·         Alterações do ritmo cardíaco e pernas inchadas.
Tratamento:
O tratamento é feito com medicação que vai diminuir o esforço e aumentar a força do músculo cardíaco e consequentemente baixar a pressão arterial. O médico pode prescrever diuréticos, beta-bloqueantes, inibidores ECA e digitálicos.

                                                                                                                        Adriana Gonçalves, n.º1, 9.ºB


  Há cada vez mais portugueses a sofrer de diabetes

Os dados do Observatório Nacional da Diabetes mostram uma relação entre a doença e a idade. Como os portugueses estão cada vez mais velhos, há cada vez mais doentes diabéticos, são agora 980 mil, o que representa uma taxa de prevalência de 12,3 por cento.

Quase um milhão de doentes com diabetes, pelas contas do coordenador do Observatório Nacional, Gardete Correia, que confirma ainda que os obesos têm um risco quatro vezes maior de vir a ter diabetes.
O nível cultural, o peso e a idade contam, na hora de desenvolver a doença que é já considerada uma pandemia.
Dos 980 mil portugueses que sofrem de diabetes, quase 45 por cento não sabem que têm a doença.
 Retirado de: http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1773426
                                              Juliana Coelho, Nº6, 9ºF

A contaminação humana de DNA: actividade em bancos de dados do genoma

Quase 20 por cento dos genomas não-humanos mantidos em bancos de dados estão contaminados com o DNA humano, provavelmente dos pesquisadores que prepararam as amostras, os cientistas dizem que por acaso na descoberta enquanto procurava por um vírus humano.
As espécies afectadas incluem plantas cultivadas e os organismos modelo utilizado em muitos laboratórios de pesquisa, como o verme C. elegans eo sapo Xenopus, digamos, três pesquisadores da Universidade de Connecticut , S. Marcos Longo, Michael O'Neill e O'Neill Rachel . O relatório foi publicado quarta-feira na revista "PLoS One".
A contaminação pode induzir em erro os investigadores que acreditam que qualquer sequência do genoma de um banco de dados principal é de alta precisão. Rachel O'Neill disse que o problema é provável que se torne mais grave no futuro, como genomas humanos individuais são sequenciados por razões médicas. Contaminação das amostras de DNA humano por outro ser humano é muito difícil de distinguir de variação normal, e poderia levar a errónea decisões médicas.
"O nível de contaminação encontrados nestas bases de dados é significativo e preocupante", escrevem os pesquisadores.
Eles examinaram os dados genéticos depositados em duas das principais bases de dados usadas por cientistas do mundo, o National Center for Biotechnology Information , que faz parte do National Institutes of Health e do banco de dados genómicos europeu conhecido como Ensembl .
No banco de dados americano, o DNA humano contaminante é encontrado em 11 por cento dos genomas reunidos, e em 22 por cento dos dados brutos, conhecido como traça, a partir do qual a sequência completa do genoma é montado. No Ensembl, 29 por cento dos genomas não-humanos incluem a sequência do DNA humano não reconhecida anteriormente.
Os pesquisadores frequentemente contam com os traços tão precisos porque elas não têm aviso prévio, ainda que os especialistas sabem que elas sejam menos assim, Rachel disse O'Neill.
Os pesquisadores Connecticut tinham estabelecido para verificar as bases de dados públicas de um vírus humano que pode ter infectado outras espécies, inserindo seu próprio DNA no genoma. Eles descobriram que tanto DNA humano, procurando em genomas não-humanos que a contaminação parece a explicação mais provável. Pessoas derramam DNA sempre a partir de células mortas da pele e de outras fontes, e é fácil de contaminar as amostras de DNA a menos que sejam tomadas precauções especiais.
Dr. O'Neill disse que decidiu então fazer uma busca específica para a contaminação humana pela procura de uma sequência comum humano chamado AluY. A sequência é inferior a 300 unidades de DNA de comprimento, mas ocorre um milhão de vezes no genoma humano.
Ela ficou surpresa ao encontrar uma extensa contaminação com AluY não só nos dados brutos, mas também nos genomas completos. Os computadores montam genomas combinando fragmentos que se sobrepõem, e assim deve excluir todo o DNA estranho. "O facto de nós encontrá-lo nas assembleias tantas é o choque", o Dr. disse O'Neill.
Outro problema é que a sequencia de DNAusa uma rápida, tecnologia barata que coincide com fragmentos de DNA para o genoma de referência já em bancos de dados, assumindo que eles são totalmente precisos. 

Adaptado Jornal “New York”  em 17 de Fevereiro de 2011, na página A18
                                                                              Sofia Rodrigues, nº18, 9º E


EUA COMEÇAM A TESTAR EXAME PARA DETECTAR ALZHEIMER
Quarta, 16 Fevereiro 2011
Um comité de especialistas dos EUA consultado pela FDA aprovou um teste que permite scannar o cérebro para detectar a doença de Alzheimer, desde que os médicos recebam formação adicional para empregá-lo, avança o RCM Pharma. O procedimento consiste em injectar no sangue um produto químico chamado Amyvid, fabricado pela farmacêutica Eli Lilly, que permite pôr em evidência, através de um scanner, depósitos proteicos que parecem desempenhar um papel importante no desenvolvimento da doença. O comité consultivo de médicos votou de forma unânime por recomendar a comercialização deste processo sob a condição de que o laboratório demonstre que as imagens do scanner podem ser interpretadas correctamente pelos médicos formados para tal. O teste da Eli Lilly, o primeiro deste tipo a ser examinado pela FDA, é um biomarcador denominado Florbetapit F 18, que se fixa e “ilumina” os depósitos de proteínas beta-amiloides para que o scanner possa detectá-los. As placas de beta-amiloides parecem responsáveis pela doença de Alzheimer, visto que, ao se acumularem em áreas corticais acabam por destruir os neurónios.
Ana Ribeiro, 9ºE

Cérebro humano encolheu dez por cento em 30 mil anos
Diminuição cerebral pode ser efeito da evolução face a sociedades mais complexas
Ao longo de 30 mil anos o cérebro humano encolheu dez por cento, o equivalente à dimensão de uma bola de ténis. O seu volume médio passou  de 1500 para 1359 centímetros cúbicos,  sendo que o das mulheres, que é mais pequeno do que o dos homens, sofreu proporcionalmente a mesma redução.
Este é um fenómeno que intriga antropólogos, cuja maioria aposta mais na hipótese de se tratar de um efeito da evolução face a sociedades mais complexas, do que de um sinal de embrutecimento.
As medidas foram feitas a partir de cérebros encontrados na Europa, no Médio Oriente e na Ásia, explicou o antropólogo John Hawks, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. “Chamo a isto uma redução essencial e uma piscadela de olho à evolução”, declarou o especialista numa recente entrevista à revista "Discover".
Segundo alguns antropólogos, tal redução não é assim tão surpreendente, na medida em que quanto mais forte e musculado, mais tempo leva a inteligência a controlar essa massa.
O homem de Neandertal, um “parente” do homem moderno desaparecido há 30 mil anos por razões ainda não totalmente clarificadas, era mais forte e tinha um cérebro maior. O homem Cro-Magnon, que pintou as paredes da caverna de Lascaux há 17 mil anos, foi o Homo sapiens com maior cérebro. Era igualmente mais forte do que os seus descendentes.
“Tais recursos eram necessários para sobreviver num ambiente hostil”, sublinhou David Geary, professor de psicologia da Universidade de Missouri (Estados Unidos) e autor de trabalhos sobre o desenvolvimento do cérebro humano ao longo dos anos.
Partindo desta constatação, o investigador estudou a evolução da dimensão do crânio, no período compreendido entre 1,9 milhões e dez mil anos atrás, e como os nossos antepassados viviam em processos sociais mais complexos. Partiu do princípio de que uma maior concentração humana era importante, pois haveria maior intercâmbio entre grupos, maior divisão de trabalho e interacções mais ricas entre os vários indivíduos.
Inteligência mais sofisticada
O investigador constatou igualmente que o tamanho do cérebro diminuía quando a densidade populacional aumentava. “De facto, na emergência de sociedades mais complexas, o cérebro humano tornou-se mais pequeno porque os indivíduos não têm a necessidade de tanta inteligência para sobreviverem, são ajudados pelos outros”, explicou David Geary à agência France Presse.
Contudo, esta redução do cérebro não quer dizer que os homens modernos são mais idiotas do que os seus ancestrais, mas que desenvolveram  outras formas de inteligência mais sofisticada,frisou Brian Hare, professor adjunto de antropologia na universidade de Duke (Carolina do Norte).
O especialista fez ainda um paralelo entre os animais domésticos e os selvagens. Assim, os lobos de Alsácia (pastor alemão) têm um cérebro mais pequeno do que o dos lobos, mas são mais inteligentes e sofisticados porque compreendem os gestos de comunicação entre os homens. “Isto mostra que não há relação entre o tamanho do cérebro e o quotidiano intelectual”, que se define sobretudo pela capacidade de induzir e criar, insistiu Brian Hare.
O mesmo se passa com os chimpanzés. Agressivos e dominadores, têm um cérebro maior do que os macacos bonobos, mais "civilizados" pois utilizam a simulação do acto sexual ou acasalamento para resolver os conflitos.
                          http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=47287&op=all
                                                                     Catarina, nº6 e Catarina nº10; 9ºD
Curiosidades sobre o coração
O coração de um homem adulto é do tamanho de um punho fechado e pesa apenas 340 gramas. Funciona ao ritmo de 72 batidas por minuto - 104 mil por dia, 38 milhões por ano e algo em torno de 2,5 bilhões de pulsações ao longo da vida. Ele bombeia 85 gramas de sangue a cada batida, o que equivale a mais de 9 mil litros por dia.

O coração da mulher é um pouco mais acelerado; em 1 minuto, bate 8 vezes mais que o do homem. Nos recém-nascidos, bate 120 vezes por minuto.
Num 1 minuto, o coração lança 5 litros de sangue no corpo e bombeia 400 litros de sangue por hora. Tem 2 movimentos: sístole e diástole. A sístole, quando se contrai, faz a distribuição do sangue. Na diástole, ele descansa.
Num adulto, pesa de 280 a 340 gramas.

O horário de maior incidência de ataques cardíacos é das 6 da manhã até o meio-dia.
O coração funciona como uma bomba de ejecção de sangue para todo o corpo humano. Quando se contrai, distribui sangue pelas artérias; e quando se dilata, traz o sangue de volta para dentro dele, pelas veias. A paragem cardíaca ocorre quando o coração para de funcionar. Nessa condição, ele deixa de exercer a função de bomba, inviabilizando a circulação do sangue pelo organismo. De acordo com o cardiologista e director da Unidade Clínica de Coronariopatias Agudas do Incor HC/FMUSP, doutor José Carlos Nicolau, o enfarto é a causa mais comum de parada cardíaca na população.  
                                                                                                                                        Andreia Nº4 9ºF

As doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 40% dos óbitos em Portugal.
Conheça as doenças cardiovasculares mais comuns e o que pode fazer para as evitar. A importância da luta contra as doenças cardiovasculares é ilustrada pelos factos seguintes:
As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte no nosso país e são também uma importante causa de incapacidade.
Devem-se essencialmente à acumulação de gorduras na parede dos vasos sanguíneos – aterosclerose – um fenómeno que tem início numa fase precoce da vida e progride silenciosamente durante anos, e que habitualmente já está avançado no momento em que aparecem as primeiras manifestações clínicas.
As suas consequências mais importantes – o enfarte do miocárdio, o acidente vascular cerebral e a morte – são frequentemente súbitas e inesperadas.
A maior parte das doenças cardiovasculares resulta de um estilo de vida inapropriado e de factores de risco modificáveis.
O controlo dos factores de risco é uma arma potente para a redução das complicações fatais e não fatais das doenças cardiovasculares.
Ana, 9ºF
Descoberto mecanismo que leva cancro da mama aos ossos


Em 70 a 80 por cento dos casos de cancro da mama avançado, as células malignas espalham-se e formam tumores nos ossos. Agora, cientistas da Universidade de Princeton, nos EUA, acabam de descobrir um mecanismo envolvido na metastatização óssea que poderá abrir o caminho a novas formas de bloquear este processo.
Yibin Kang e colegas — uma das equipas norte-americanas que fazem parte do programa de investigação do cancro da Fundação Champalimaud — anunciam on-line na revista Cancer Cell (o artigo será publicado na edição de Fevereiro em papel) que descobriram que uma proteína das células tumorais, chamada Jagged1, dá às células ósseas “instruções” para se autodestruírem, impedindo a normal regeneração do tecido ósseo. A metastatização óssea também é frequente nos doentes com cancros avançados da próstata, do pulmão e da pele.
“Não temos muitos tratamentos para oferecer às doentes [com cancro da mama]”, diz Kang em comunicado. “Os médicos conseguem aliviar os sintomas destes cancros ósseos, mas pouco mais. Os nossos resultados sugerem que poderá haver novas formas de tratamento” que permitam parar, ou pelo menos abrandar, o crescimento dos tumores ósseos, “neutralizando o poder destrutivo da Jagged1”, salienta o cientista.
 
Retirado de: http://www.superinteressante.pt/

Ana Beatriz, n.º2, 9.ºB

Cientista português cria “mini-fígados” no laboratório



     É apenas um primeiro passo, mas é uma estreia. Pela primeira vez, uma equipa de cientistas gerou, a partir de células hepáticas humanas, minúsculos “fígados” que, pelo menos in vitro, funcionam devidamente. Os resultados, apresentados há dias num congresso, deverão ser publicados numa próxima edição da revista Hepatology.
     A escassez de fígados para transplante é notória – e o objectivo do trabalho é obviamente conseguir fabricar órgãos artificiais capazes de desempenhar a mesma tarefa que os naturais. Uma outra potencialidade ainda seria utilizar estes órgãos gerados em pratinhos de vidro para avaliar a toxicidade hepática de novos medicamentos.
     Só que até aqui, ninguém sabia sequer se era possível fazer crescer conjuntos de células hepáticas funcionais. A equipa que acaba de mostrar que é efectivamente possível – do Instituto de Medicina Regenerativa do Centro Médico Baptista da Universidade de Wake Forest, em Winston-Salem, na Carolina do Norte – é liderada por Pedro Baptista, jovem investigador português há vários anos a trabalhar nos EUA.



Algumas descobertas científicas de 2009 com selo português
Descodificador do genoma do cancro da mama, em português
     “Foi como passar o dia todo a subir uma montanha e, no fim, chegar ao cume e admirar aquela paisagem toda.” Foi assim que Samuel Aparício descreveu ao DN o momento em que percebeu que ele e a sua equipa do BC Cancer Agency tinham descodificado o genoma do cancro da mama. Uma descoberta que pode abrir portas para um tratamento diferenciado de cada fase do cancro, explica o investigador, que promete continuar a trabalhar nesta investigação: “Foi um primeiro passo. Mas há muito para fazer.” Nascido em Lisboa, mas a viver desde os cinco anos em Inglaterra – os pais emigraram de Vila Franca de Xira para Leeds -, a sua formação médica foi feita entre as afamadas universidades de Cambridge e Oxford. Com a sua equipa descodificou o genoma do cancro da mama, o que lhes valeu aparecer na capa da Nature. A motivação para se dedicar ao tema foi pessoal. A morte da mãe com cancro da mama, quando Samuel fazia o estágio em Medicina interna e patológica, foi um dos impulsos para seguir a investigação oncológica.

Sensor de ADN barato e amigo do ambiente
     Já do mesmo “forno” do célebre transístor de papel português saiu, em 2009, um sensor de ADN barato e amigo do ambiente. Pela primeira vez foi estabelecido um método de detecção de ADN usando uma vulgar impressora de jacto de tinta, com recurso a materiais e tecnologia de baixo custo. O novo sensor, desenvolvido por uma equipa conjunta dos departamentos de Ciência dos Materiais e Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, foi publicado pela revista Biosensors and Bioelectronics. Um trabalho feito por cientistas nacionais e em Portugal. A aplicação prática deste sensor consiste na sua inclusão num sistema de diagnóstico “que pode prevenir, fazer um rastreio de uma forma extremamente simples, rápida e barata, e detectar se as pessoas estão doentes ou não”, explicou Elvira Fortunato, especialista em microelectrónica.


Trabalham em Portugal os melhores em cardiotocografia
     João Bernardes e Diogo Ayres de Campos, obstetras, professores e investigadores do Departamento de Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, foram considerados, respectivamente, o primeiro e terceiro melhores investigadores do mundo em cardiotocografia pela BioMedExperts. A cardiotocografia é a monitorização contínua da frequência cardíaca do feto e das contracções uterinas da grávida. Com este exame, cujo resultado é semelhante a um traçado de eletrocardiograma, o médico pode avaliar se o cérebro do feto não está a receber oxigénio suficiente por motivos da placenta, de posicionais ou compressões do cordão umbilical, detectando situações como o “cordão enrolado no pescoço”. O título foi atribuído pela BioMedExperts, uma comunidade online que junta, via Internet, 1,5 milhões de cientistas de todo o mundo. João Bernardes e Diogo Ayres de Campos criaram, em colaboração com o Instituto de Engenharia Biomédica (INEB), um programa informático de grande impacto na prática clínica na área da obstetrícia – o OmniView-SisPorto. Este programa efectua uma leitura dos sinais provenientes do feto, identificando situações relacionadas com a baixa oxigenação. O sistema emite ainda alertas automáticos que são recebidos pelos profissionais de saúde em qualquer ponto com acesso à rede informática hospitalar ou à Internet.

Novo tratamento para o Alzheimer e Parkinson
     Investigadores portugueses lideram um consórcio europeu de cinco parceiros criado para produzir um novo medicamento com propriedades analgésicas e que poderá ser usado na terapia das doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson. O projecto para desenvolver um novo produto arrancou no ano passado e deverá durar quatro anos. Miguel Castanho, do Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, explicou que o novo medicamento resultou da transformação de uma molécula isolada do cérebro de mamíferos por cientistas japoneses nos anos 70, mas posteriormente abandonada por falta de interesse farmacológico. O que este grupo de investigadores conseguiu foi “transformar a molécula de modo a poder ser introduzida na corrente sanguínea, passando daí ao cérebro, mantendo as suas propriedades analgésicas e de protecção contra as doenças neurodegenerativas”.

Ajudar a controlar as células imunitárias
     Ainda no campo da saúde, outra descoberta portuguesa de 2009 correu mundo. Uma equipa de investigadores da Unidade de Imunologia Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa descobriu como se podem identificar e controlar células imunitárias. O objectivo é conseguir levar os linfócitos T a actuar apenas contra as infecções e para que não promovam doenças auto-imunes como a diabetes. Tratam-se de células responsáveis pela defesa do organismo contra infecções ou pelo desenvolvimento de doenças auto-imunes. A descoberta feita vem com o objectivo de controlar os linfócitos T para actuarem contra infecções e não para promoverem doenças como a diabetes. O estudo, realizado em Portugal por especialistas nacionais em colaboração com equipas estrangeiras, foi publicado na edição online da prestigiada revista científica Nature Immunology. “Descobrimos uma maneira de diferenciar duas populações de linfócitos T que produzem factores com actividades biológicas distintas”, disse o responsável pela equipa, Bruno Silva Santos.
Retirado de: http://criancices.wordpress.com/2010/01/03/10-descobertas-cientificas-portuguesas-em-2009/